O Hugo encerrou os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, com três medalhas (duas de ouro e uma de prata), um recorde, uma marca expressiva e muitas recordações especiais. Ao reafirmar sua hegemonia nas Américas e se tornar o primeiro tricampeão individual masculino do evento, ele escreveu um novo e importante capítulo na história do tênis de mesa. 

A ocasião foi ainda mais marcante, já que o Hugo foi escolhido pelo COB como porta-bandeira da delegação na cerimônia de encerramento, ao lado da ginasta Nicole Pircio. Além da satisfação pelo reconhecimento, o privilégio de liderar o Brasil na festa pela melhor campanha do país em todos os tempos.

QUEBRA DA BARREIRA DE 100 VITÓRIAS E DO RECORDE INDIVIDUAL

O caminho para a conquista do ouro no individual evidenciou a força do Hugo no continente. Na primeira rodada, ele superou o peruano Carlos Fernandez por 4-0 (11/5, 11/0, 11/5, 11/5). No dia seguinte, fez dois jogos: pelas oitavas, venceu o canadense Edward Ly por 4-1 (11/6, 11/2, 10/12, 11/8, 11/8). Nas quartas, o desafio foi contra o chileno Gustavo Gómez, apoiado pela torcida local, e o brasileiro levou a melhor por 4-0 (11/9, 11/7, 11/5, 11/6). 

O resultado diante de Gómez foi um marco: Hugo chegou à vitória de número 100 contra rivais das Américas. O mais impressionante é que ele não perde um jogo no individual em competições no continente desde 2015. 

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No embalo, Hugo passou pelo mexicano Marcos Madrid por 4-1 (11/8, 11/7, 11/8, 9/11, 11/5), na semifinal, antes de decidir o título com o cubano Andy Pereira.

E a festa foi verde e amarela, com direito a recorde! Hugo se tornou o primeiro tricampeão individual masculino do tênis de mesa em Jogos Pan-Americanos, ao superar o rival por 4 a 0 (11/3, 11/8, 11/5, 11/4). Até então, estavam empatados com ele, com duas conquistas, o brasileiro Hugo Hoyama (campeão em 1991 e 1995) e o chinês naturalizado dominicano Lin Ju (2003 e 2007).

VIRADAS E CARINHO DE RIVAL

Depois do título individual, ainda restava outra batalha. O Brasil estreou na competição por equipes com vitória sobre o Paraguai (3-0) e avançou em primeiro lugar em seu grupo ao derrotar o Equador (3-2). Nas quartas, os brasileiros superaram Porto Rico (3-0). A semifinal reservou fortes emoções e, de virada, Hugo, Vitor e Eric bateram a Argentina (3-2). 

Aqui, vale destacar uma cena marcante. Em meio à frustração pela derrota para o Brasil, Gastón Alto revelou seu carinho pelo Hugo e pediu a ele para tirar uma foto com seu filho e sobrinhos, que são fãs do número 5 do mundo. O Hugo, obviamente, atendeu ao pedido, mas não parou por aí: presenteou as crianças com uma camisa sua. Uma linda cena que ganhou as redes sociais.

O confronto que valeu o ouro por equipes começou com vitória imponente da dupla formada por Eric e Vitor sobre Simeón Martin e Eugene Wang por 3-0 (11/9, 11/5, 11/6). Na sequência, Hugo foi para a disputa com Edward Ly e saiu atrás, mas voltou com tudo para o segundo set e aplicou um 11/0. Depois, não deu mais chances ao adversário: 3-1 (10/12, 11/0, 11/5, 11/4). No terceiro desafio da decisão, Eric foi superado por Wang por 3-0 (9/11, 8/11, 10/12). Coube, então, ao Hugo selar a conquista, ao vencer Martin por 3-0 (11/6, 11/9, 11/7).

2023: UM ANO ESPECIAL

O ano de 2023 tem sido especial para o Hugo. Além das conquistas nos Jogos Pan-Americanos, ele comemorou três títulos de WTT Contender, em Durban, na África do Sul, em Doha, no Catar, e em Muscat, no Omã, além dos terceiros lugares no WTT Grand Smash Singapura e no WTT Star Contender Ljubljana, na Eslovênia. Além disso, se sagrou campeão do Pan-Americano de tênis de mesa, em Havana, capital cubana, tanto no individual quanto por equipes. O feito coletivo rendeu ao time nacional a classificação para Paris 2024.

O foco agora volta para os compromissos com o TTF Liebherr Ochsenhausen, da Alemanha, que disputa a Bundesliga e as quartas de final da Copa da Alemanha. 

No Circuito Mundial, o Hugo só volta a atuar em 2024. Ele está classificado para as WTT Finals, entre os dias 3 e 5 de janeiro em Doha, Catar. A busca pela melhor colocação possível no ranking é um objetivo pensando no ano que vem, quando o Hugo tentará uma medalha inédita para o tênis de mesa brasileiro nos Jogos Olímpicos.

CONFIRA AS OITO MEDALHAS DO HUGO EM JOGOS PAN-AMERICANOS

Santiago 2023 (3)

– Ouro individual

– Ouro por equipes (com Vitor Ishiy e Eric Jouti)

– Prata nas duplas masculinas (com Vitor Ishiy)

Lima 2019 (3)

– Ouro individual

– Ouro nas duplas masculinas (com Gustavo Tsuboi)

– Bronze por equipes (com Gustavo Tsuboi e Eric Jouti)

Toronto 2015 (2)

– Ouro individual

– Ouro por equipes (com Gustavo Tsuboi e Thiago Monteiro)