Hugo durante apresentação dos uniformes do Time Brasil para Tóquio-2020 (Crédito: Alexandre Loureiro/COB)

Hugo durante apresentação dos uniformes do Time Brasil para Tóquio-2020 (Crédito: Alexandre Loureiro/COB)

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 prepararam um guia para os atletas com uma série de orientações que deverão ser seguidas desde antes das competições – tudo para garantir a segurança sanitária de todos os envolvidos no evento. Preparamos um resumo com o que há de mais importante e curioso no material, confira!

Tudo começa antes

Os atletas que irão a Tóquio – veja aqui quem disputará os torneios de tênis de mesa – começarão sua jornada 14 dias antes da viagem para o Japão, nas suas casas. A duas semanas do embarque, eles precisam passar a seguir as mesmas orientações válidas para o período dos Jogos – ou seja, distanciamento social, cuidados higiênicos e uso de máscara de acordo com o que pede o guia.

Nesse período, cada atleta também precisa preencher o seu plano de atividades, informando seus dados pessoais, onde ficará hospedado, todos os seus destinos possíveis no Japão, se utilizará transporte público e as pessoas com quem terá contato próximo.

Nas 96h anteriores ao embarque, é necessário fazer pelo menos dois testes, em dias diferentes. Se algum deles der positivo ou mesmo se algum sintoma aparecer, a viagem está vetada.

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Smartphone essencial

A partir do momento em que o atleta chegar ao Japão, o seu smartphone será absolutamente fundamental para que as autoridades locais acompanhem a sua saúde, principalmente por meio de aplicativos desenvolvidos especialmente para os Jogos. São três:

  • Em um deles, o atleta deve informar diariamente a sua temperatura e qualquer princípio de sintoma que possa ser associado à Covid-19;
  • Um outro serve para informar seus contatos próximos e também para notificar quando qualquer um deles apresentar sintomas;
  • O terceiro é um GPS que monitora todos os seus passos.

E o smartphone também terá outras utilidades, já que o atleta poderá receber ligações das autoridades locais, para dar ou receber notícias sobre seu estado de saúde ou de alguma pessoa próxima, e até para conferir o menu do restaurante da Vila Olímpica.

“Mas e quem não tem smartphone, como fica?” Caso não tenha um ou o seu aparelho seja incompatível com os aplicativos necessários, o atleta receberá um telefone alugado ainda no aeroporto, para que não deixe de ser acompanhado pelo controle de saúde japonês.

Torcida diferente

Além do básico em relação aos cuidados contra a Covid-19, como distanciamento mínimo, higienização constante das mãos, uso de máscara o tempo todo e evitar a permanência em locais sem ventilação, os atletas também foram orientados a mudar a forma de torcer. Eles deverão aplaudir ao invés de cantar e gritar, mesmo estando protegidos. Difícil de se controlar, mas vale o esforço, né?

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Testei positivo: e agora?

O atleta que testar positivo durante sua permanência no Japão deverá se isolar de imediato, sendo, posteriormente, levado a um hotel onde terá o devido acompanhamento até ser liberado – este período será determinado pelas autoridades japonesas de acordo com a severidade e os sintomas de cada um.

Se for infectado, ele estará vetado de competir, mas não será desclassificado. Ou seja: dependendo da sua modalidade, poderá até conquistar uma medalha.

Quem tiver contato próximo com alguém que testou positivo terá seu caso analisado individualmente, mas, para seguir nas suas disputas, precisará fazer exames diariamente e receber uma autorização médica. E, mesmo com resultados negativos, poderá ter restrições, como realizar refeições sozinho ou treinar em separado.

Punições severas

Quem não seguir as orientações do guia pode pagar caro – literalmente, inclusive. As penas para os atletas que desrespeitarem as regras vão desde uma advertência até a exclusão dos Jogos e multas.